Juremir atribuiu sua demissão ao fato da Record, proprietária do jornal, ter aderido ao “bolsonarismo mais radical”
O jornalista Juremir Machado, um dos principais articulistas do Rio Grande do Sul, anunciou nesta segunda-feira (3) em suas redes sociais que foi demitido pelo Correio do Povo.
O jornalista atribuiu a demissão ao fato do comando da Record, grupo que tem a propriedade do Correio do Povo, ter aderido ao “bolsonarismo mais radical”. “Hoje, fui demitido. O projeto de extrema direita bolsonarista não quer saber de pluralismo”, escreveu o jornalista.
Juremir trabalhava no Correio do Povo desde 1º de setembro de 2000. Em agosto de 2020, ele foi demitido da Rádio Guaíba, também de propriedade da Record, mas permanecera com a coluna no jornal.
Em sua série de postagens, Juremir ainda afirmou que sua demissão da Guaíba teve origem no dia em que a direção da rádio ordenou que uma entrevista agendada como ex-presidente Lula, que seria realizada por ele, não ocorresse. “Dez minutos antes de entrar no ar mandaram derrubar. Fiquei por temer que todo mundo fosse defenestrado”, escreveu.
Juremir é professor de Jornalismo na PUC-RS. Anteriormente, ele havia trabalhado como colunista de Zero Hora.
Em nota encaminhada ao site Coletiva, o diretor do jornal, Sidney Costa, confirmou a demissão e afirmou que ela é motivada por uma reestruturação que estaria ocorrendo em algumas áreas do Correio do Povo.
fonte: sul21.com.br