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PEDRO RUAS E A UNIDADE DA ESQUERDA NO RS

Pré-candidato do PSOL é o convidado do podcast De Quinta; ele fala sobre o cenário eleitoral no Brasil e no RS

O novo episódio do De Quinta, podcast de debates do Sul21, recebe o vereador porto-alegrense e pré-candidato a governador Pedro Ruas (PSOL). Em conversa com os apresentadores Luís Eduardo Gomes e Felipe Prestes, Ruas fala sobre as possibilidades de aliança entre partidos de esquerda para o Palácio Piratini, da aliança nacional em torno da pré-candidatura presidencial de Lula, da qual o PSOL faz parte, e analisa do cenário eleitoral tanto no Rio Grande do Sul, como no Brasil.

Ruas abre sua participação no podcast expressando confiança de que a aliança nacional irá resultar na derrota do bolsonarismo. “Nós vivemos um ano muito especial, eu considero um ano histórico, 2022 vai mudar o Brasil, nós vamos terminar com o fascismo no Brasil e acho até que no primeiro turno. Acho que isso aqui é uma fatura do primeiro turno já, com o Lula ganhando a presidência da República. Ele é pré-candidato de vários partidos, isso é importante destacar, inclusive do PSOL. Pela primeira vez, em 17 anos de PSOL, nós temos um pré-candidato na majoritária que não é do partido. Vocês veem aí, podem perceber a importância que nós estamos dando para essa disputa, para esse embate eleitoral”, diz.

Já no caso do Rio Grande do Sul, ele pontua que ainda há a possibilidade de conversas com partidos como PT e PSB, mas deixa claro que o PSOL não participará de aliança com o PSB, pelo fato de que a legenda fez parte tanto do governo de José Ivo Sartori (MDB), como de Eduardo Leite (PSDB).

“Nós estamos em contato? Claro que sim. Primeiro que o PSOL tem uma tradição de ter contatos permanentes como PCB, qual a UP e com a UCB. Esse contato permanece e estamos tentando nos unir para a formação de uma aliança para as eleições. Com relação ao PT e ao PCdoB, nós temos o mesmo candidato nacional comum. Então, é natural que surjam possibilidades de conversas. De fato, há uma intenção nossa, ainda não concretizada, de debatermos, sim, essa possibilidade porque o PSOL senta para conversar com as forças de esquerda, de esquerda, eu quero deixar isso bem claro, em igualdade de posições. Ou seja, nós temos posições iguais. Eu sei que eu sei que o PT é maior do que o PSOL, é óbvio, é bem maior, mas também nós estamos na frente nas pesquisas eleitorais. Então, não pode dar carteiraço, nem de colocação em pesquisa, nem de tamanho de partido”, afirma.

Já a respeito da disputa pelo Palácio em si, hoje liderada, segundo as pesquisas, pelo ex-governador Leite e pelo ex-ministro bolsonarista Onyx Lorenzoni (PL), Ruas diz acreditar que ainda há elementos importantes que serão explorados durante a campanha e que poderão enfraquecer estas candidaturas.

“Nós temos todo uma campanha pela frente que nem começou em rádio de televisão ainda, nós temos contradições que nem foram exploradas ainda, como por exemplo, a questão é importante e séria de que o ex-governador Eduardo Leite prometeu não concorrer à reeleição gaúchos. Assumiu um compromisso de honra com os gaúchos e com as gaúchas de não concorrer à reeleição. Essa é uma questão séria, aqui no Sul nós temos palavras e damos importância a isso. Essa contradição ainda não foi explorada porque não há ainda uma campanha. Nós estamos em ritmo de pré-campanhas eleitorais. Da mesma maneira, em relação ao candidato a pré-candidato Onyx Lorenzoni, ainda não foi explorada a famosa doação da JBS de 100 mil reais, que foram devolvidos ou um outro não foi devolvido, foi feito um acordo de não persecução penal com Augusto Aras, houve uma multa. Quer dizer, como ficou tudo isso na pré-candidatura Onyx Lorenzoni? São questões sérias e importantes que as gaúchas os gaúchos vão querer apreciar. Isso ainda não aconteceu, esse debate, essa forma de colocar as coisas, essas denúncias, mas são todos pré-candidatos que serão questionados pesadamente por nós. Então é muito cedo para se ter esse retrato”, avalia.

fonte: sul21.com.br/noticias/politica