DIA NACIONAL DO RÁDIO: NO BRASIL, A PRIMEIRA TRANSMISSÃO ACONTECEU EM 1922

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DIA NACIONAL DO RÁDIO: NO BRASIL, A PRIMEIRA TRANSMISSÃO ACONTECEU EM 1922

Tecnologia revolucionou a comunicação brasileira e permanece relevante e em constante transformação

No ano de 1922 o Brasil dava um passo importante na comunicação. No dia 7 de setembro daquele ano, em comemoração ao centenário da independência do país, o rádio fez sua estreia. À frente da iniciativa estava o cientista e educador, Edgar Roquette Pinto, considerado o pai da radiodifusão brasileira. Com a obra “O Guarani” de Carlos Gomes direto do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, e a fala do então presidente Epitácio Pessoa, a transmissão radiofônica era inaugurada em solo brasileiro.

O rádio teve sua expansão mundial logo após a Primeira Guerra Mundial, sendo fundamental para a comunicação na Segunda Guerra. Aqui no Brasil o apogeu foi em 1930, década que transformou o rádio no principal veículo de comunicação em massa e um aliado do ex-presidente Getúlio Vargas que propagava seus feitos durantes as transmissões. Pela ascensão e popularização, esse período foi chamado de “Era de Ouro do Rádio”. A história do rádio caminha e chega às radionovelas e mais adiante às músicas.

A historiadora e pesquisadora do Centro de Memória Bunge, Viviane Morais, diz que o veículo foi uma grande revolução na comunicação, sobretudo pelo fato de alcançar grandes distâncias. “Eles permitiam transmissões de ondas que pegavam, muitas vezes, rádios internacionais e as pessoas conseguiam ter essas primeiras notícias sobre guerras, mudanças políticas que estavam acontecendo fora do Brasil. A comunicação antes disso era apenas por telegrama, cabograma e as correspondências normais, as cartas, que hoje estão em desuso completamente”, conta.

Com a permissão de inserções comerciais, o rádio se tornou um importante canal de propagandas. Eram veiculadas vozes conhecidas para a divulgação dos produtos, como nos conta a Viviane. “Essas propagandas cantadas pelas cantoras do rádio, principalmente da Rádio Nacional, no Rio de Janeiro, elas eram chamadas porque eram vozes conhecidas popularmente da música para produzir jingles das marcas, das empresas, que também era uma novidade que não existia no nosso país, já existia lá fora, e foi trazido para cá como um recurso de propaganda”. Viviane Morais acredita que a imagem traz uma novidade para o rádio, mas a aproximação com o ouvinte e a linguagem própria do veículo mantém suas características originais. Ela completa dizendo que o rádio é um meio de comunicação que sempre está se reinventando mas permanecerá ativo independentemente das outras tecnologias.


fonte: jovempan.com.br/repórter Camila Yunes